sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Plante

Pesquisas comprovam que qualquer área verde superior a 12 metros quadrados é capaz de alterar o micro-clima, reduzir a poluição sonora, atrair pássaros, melhorar a oxigenação e reduzir a poluição. Uma área verde pode inclusive reduzir a temperatura ambiente em até 4 graus.
O aumento na temperatura pode provocar vários tipos de enfermidades. Os problemas de saúde gerados demandarão mais e maiores verbas para equipar e manter hospitais e serviços médicos em maior proporção para o atendimento de idosos principalmente.
Um plantio de árvores imediato e de forma planejada minimizará os impactos negativos causados pelo aumento de temperatura.
Além dos efeitos diretos, pessoas que vivem em cidades arborizadas têm menor tendência a estresse e depressão. Ou seja, uma cidade arborizada seria mais tranqüila e oferecia mais qualidade de vida.
E quando as calçadas são estreitas demais? É preciso criatividade para aproveitar as áreas verdes da várias formas por meio da criação de painéis verticais junto às fachadas e muros, ou árvores e arbustos plantados ao longo do meio fio sempre respeitando as condições do local.
Dá pra imaginar os corredores de ônibus margeados por uma vegetação que certamente tornará o ambiente e a viagem mais agradáveis? Onde houver pouco espaço quem sabe utilizar a própria cobertura para se aplicar uma vegetação adequada ao ambiente?
É possível fazer isso tudo acontecer? É claro e simples. Áreas urbanas centrais degradadas podem ser revitalizadas com a proibição de estacionamento de veículos e com o plantio de árvores em todos os espaços disponíveis.
É preciso, portanto, planejar esse plantio. Tão importante quanto plantar uma árvore é assumir a responsabilidade sobre a mesma, acompanhar o seu desenvolvimento, zelar pela sua manutenção pelas podas e adubação necessárias.
É essencial que as prefeituras assumam esta responsabilidade e os habitantes se conscientizem que se trata de um ser vivo e merece carinho e cuidado. Que delicia ouvir o canto dos pássaros pela ,manha! MÃOS À OBRA! PLANTE UMA ÁRVORE PERTO DA SUA CASA, PRODUZA OXIGÊNIO E COLHA OS RESULTADOS!

Neto.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Os Pombos

Este ano está sendo uma festa para a mídia, olha só: tivemos o pai que jogou a menina pela janela, seguido da Olimpíada, depois as eleições, o seqüestro de Santo André e as eleições nos EUA. Quando a bola baixa temos o aquecimento global para ocupar o espaço. As tiragens e a audiência estão garantidas pela alimentação diária da percepção de que estamos em risco com medo. Como agora, com a crise econômica.Vou adaptar uma comparação que ouvi anos atrás, olha só: a Praça de São Marcos em Veneza é um dos mais populares pontos turísticos do mundo. Pelo significado histórico, pela arquitetura, pelos monumentos e pelos... pombos . Milhares de pombos que vivem por lá comendo das mãos dos turistas. De vez em quando uma criança ou um adulto espírito-de-porco faz "buuuuu!!". E as pombas saem voando. Como são desconfiadas, quando uma voa assustada todas as demais seguem numa revoada barulhenta.E por algum tempo a praça fica vazia.Aos pouquinhos as pombas começam a retornar, ainda amedrontadas e mais desconfiadas. Até sentir que o perigo passou. Então a Praça continua em festa.A Praça, os monumentos, os turistas, os vendedores, os moradores, os trabalhadores, todos sofrem com as pombas. Mas elas são necessárias. Dão vida à praça, tornaram-se uma marca registrada e o que Veneza fez foi aprender a conviver com elas, com a sujeira, com o barulho, com a impertinência.De tempos em tempos algumas medidas devem ser tomadas para controlar a superpopulação, para evitar que as doenças se espalhem e que prejuízos sejam causados à praça e às pessoas. É quando alguns pombos têm que ser abatidos. Mas esse é o preço do equilíbrio naquele caos.Muito bem. O “mercado global” é como a Praça de São Marcos. E os pombos são como os investidores. São nervosos, fazem montes de cagadas e precisam de controle ou destroem tudo. E a qualquer sinal de perigo saem voando.A praça precisa dos pombos, tanto quanto o mercado precisa dos investidores. E os pombos precisam da praça. Sem a praça os pombos perdem. Sem os pombos, a praça perde.E na crise, como pombos, todo mundo está apavorado e recolhido enquanto os "sanitaristas" aplicam superdoses de remédios e a esquerda tenta enterrar o capitalismo – o doente que não morreu.Sabe o que é que vai acontecer?Já-já a crise de confiança começa a passar. Os pombos voltarão e a muita gente encontrará oportunidades fantásticas naquele excesso de remédios. E fortunas serão criadas sobre as que foram destruídas.O capitalismo não morreu, o mercado não morreu. Como a Praça, estão lá à espera do retorno dos pombos.Um dia, num futuro distante, o mar vai tragar Veneza e a Praça de São Marcos. E as pombas buscarão outra praça. Os “companheiros” dirão que é culpa do capitalismo, que causou o aquecimento global que derreteu as calotas polares. E continuarão pregando a morte do capitalismo e aquela utopia socialista muito bem definida por um bispo anglicano chamado Mendell Creighton:"Socialismo só será possível quando todos nós fomos perfeitos. Aí ele não será necessário".Tem sido assim desde sempre.Olha, eu também quero que todos sejamos perfeitos.Mas enquanto somos só pombos vou dar uma voadinha até a Praça pra ver se acho uns milhozinhos.



neto